sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Os santos estigmatizados são muito poucos: por quê?



Padre Cido explica brevemente como a Igreja entende os estigmas

Ope. Cido Pereira mantém uma coluna no jornal O São Paulo, da arquidiocese paulistana, em que responde a diversas perguntas enviadas por leitores. Nesta semana ele escreveu sobre um dos mais impactantes e extraordinários sinais visíveis que Deus concede: os estigmas da Paixão de Cristo.
A Ivonete, da Vila Diva, pergunta como a Igreja avalia e explica os estigmas.
Sabe, Ivonete, a palavra “estigma”, na Língua Portuguesa, tem um significado não muito bonito e com certeza não tem nada a ver com o que você está pensando. Quando se fala em “estigma”, muitos entendem como uma marca na vida da pessoa, uma maldição da qual a pessoa não consegue se livrar.
Eu sei, porém, que você está falando das chagas que lembram as de Cristo, que muitos santos e santas tiveram, no lado, nas mãos e nos pés. Essas chagas trazem muito sofrimento físico e moral às pessoas e resistem a tratamentos médicos. Elas lembram tudo o que Jesus passou em sua paixão.
Ao que tudo indica, São Francisco de Assis foi o primeiro santo estigmatizado. Santa Rita de Cássia também tinha uma ferida na testa, ocasionado por um espinho que teria se despregado da coroa de Cristo crucificado, diante do qual ela orava. E mais perto de nós, há São Pio de Pietrelcina.

Há quem explique os estigmas e os classifique como somatização, como fenômenos psicológicos de histeria. Cuidadosa como sempre é diante do fenômeno que não é tão raro como se imagina, a Igreja estuda profundamente a vida cristã, o pensamento e o ensinamento dos estigmatizados antes de considerá-los um fenômeno religioso.
É o conjunto da obra, a santidade da vida, a comunhão profunda com Deus e, eventualmente, os estigmas, que explicam a santidade de vida. Até porque os santos estigmatizados são muito poucos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário