quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Posso beber água benta ou limpar a casa com ela?


Há muitas dúvidas sobre este sacramental. Cuidado para não cair nas superstições!

Os sacramentais foram instituídos pela Igreja e constam no seu Catecismo (1667). São orações através das quais o fiel se beneficia dos bens espirituais que a Igreja conserva como um tesouro, bens que Deus deu à Igreja para que ela os administre em favor de seus filhos. 
Um dos sacramentais é a água benta. Ela ajuda a santificar as diversas circunstâncias da vida e impetra os benefícios de Deus para a sua glória. Esses são os únicos objetivos da água benta.
Mas, na prática, para que servem os sacramentais?
Servem para consagrar, abençoar e exorcizar. Vale dizer que se a matéria (neste caso, a água benta) tem certo poder, por exemplo, para expulsar demônios, não é por sua materialidade, mas porque a Igreja se uniu à matéria, abençoando-a. 
Assim, o objeto não age por si só, mas pelo poder de Cristo que se uniu a ele. Em outras palavras: a Igreja, com o poder que recebeu de Cristo, pode garantir um efeito espiritual à matéria.
 Mas qualquer pessoa pode consagrar, abençoar e exorcizar com a água benta?
Não, estas ações são reservadas a ministros ordenados, porém podem ser administradas sob sua orientação. 
E do ponto de vista do fiel? Para que finalidade ele pode usar a água benta?
Abaixo, algumas possibilidades:
  • para pensar em Cristo;
  • para se lembrar do batismo;
  • para se santificar. 
É preciso lembrar que, na Sagrada Escritura, a água está diretamente relacionada à salvação. E a água benta tem sido usada na liturgia desde os primórdios da Igreja.  
Por isso, toda vez que somos aspergidos com a água benta ou que fazemos o sinal da cruz com a água benta ao entrar na Igreja, estamos agradecendo a Deus pelos seus dons e implorando seu auxílio para vivermos de acordo com as exigências do batismo. 

Usar com critérios 

O uso da água benta, por parte dos fiéis, deve ser feita com prudência, responsabilidade e critério. É preciso afastar todo o caráter supersticioso. 
Cai-se em superstição quando são atribuídos à água benta certos poderes mágicos ou quando são dados a ela um caráter medicinal. 
A água benta não deve ser considerada como algo que tenha propriedades energéticas para limpar o lar ou qualquer tipo de objeto. Não se deve, tampouco, usá-la no pescoço para “espantar o mau-olhado”. A água benta não é amuleto nem talismã.
Quando temos uma sólida formação cristã e colocamos a Palavra de Deus no seu devido lugar, quando vivemos coerentemente a fé e quando vivemos em comunhão com a Igreja, vemos que não há espaço para as superstições. 
Fonte: Aleteia

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