segunda-feira, 24 de julho de 2017

Afinal, o Diabo tem chifre, rabo, olhos fumegantes e asas?


Padre Gabriele Amorth, às vezes, perguntam qual é o aspecto do diabo. Qual a impressão do senhor?
diabo é puro espírito, não tem substância corporal, por isso não é representável em nenhuma forma a nós plenamente compreensível. Isto vale também aos anjos de Deus, os quais, se querem aparecer aos homens, devem assumir características a nós compreensíveis. É um exemplo o arcanjo Rafael que, no livro de Tobias, acompanha Tobias em sua missão, na forma de um jovem. 
Voltando ao diabo, aquilo que se pode dizer é que é muito mais feio do que possamos, mesmo somente de maneira distante, imaginar. O seu aspectohorrível deriva do fato que é imensamente distante de Deus, por sua escolha expressa e irrevogável. Isto podemos deduzir com uma argumentação lógica: se Deus é infinita beleza, evidentemente quem decide se distanciar deve ser o seu contrário. Estas são argumentações de tipo teológico, que se fundamentam na revelação divina.
Como poderíamos imaginá-lo?
É preciso colocar de lado imagens derivadas da iconografia tradicional, do diabo com chifre, rabo, asas de morcego, garras e olhos fumegantes. Sendo puro espírito, não pode evidentemente “encarnar” estas características. Se estas imagens podem nos ajudar a temer sua ação sobre nós, por outro lado arriscam, para nós homens secularizados e um pouco experientes do século XXI, de nos fazer aparecer o demônio como uma herança medieval, com efeitos dos tempos passados. Grande risco este e grande serviço a ele!
Permita-me insistir. Como podemos figurá-lo?
Quando é forçado a se manifestar, por vontade divina ou por uma outra causa espiritual, mostra-se de modo coerente com aquilo que quer comunicar: um animal monstruoso, uma pessoa que se manifesta. O caso mais bem figurado em tal sentido, me parece aquele de São Padre Pio de Pietrelcina. A este grande santo o demônio se mostrava talvez como um cão feroz, algumas vezes nas vestes de Jesus ou de Maria, outras vezes ainda naquela do confessor. Frequentemente na do padre guardião do seu convento que mandava fazer alguma coisa. E não faltavam vezes que aparecia como uma bela mulher nua.
Fonte: Blog do Carmadélio

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