terça-feira, 25 de julho de 2017

Você sabe como surgiram os vitrais das igrejas?


A luz é um tema espiritual comum na teologia cristã. As primeiras palavras de Deus durante a criação foram: “Faça-se a luz!” E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas” (Gênesis 1,3-4).
Jesus chegou, inclusive, a se identificar como luz, dizendo: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8,12).
Com isso em mente, era apropriado que os cristãos dedicassem muito tempo e energia para desenvolver o desenho das janelas das igrejas. As janelas canalizavam a luz do sol e dissipavam a escuridão das sombras. Os arquitetos enxergaram nelas uma oportunidade perfeita para destacar uma verdade espiritual, ao mesmo tempo em que serviam a um propósito funcional.
No entanto, os vitrais como os que conhecemos hoje em dia não existiam até o século X. Anteriormente, os egípcios e os romanos tinham criado uma técnica para desenvolver pequenos objetos de cristal colorido, mas não usaram a tecnologia para janelas em grande escala.
O vitral completo mais antigo está na catedral de Augsburg, na Alemanha. Foi construído no século XI como parte de um projeto para deixar as janelas maiores e mais bonitas.  Essas janelas não serviam somente para sugerir a ideia de que a luz de Deus destrói nossa escuridão, mas também se mostraram uma ferramenta importante de catequese.
Foi durante o período medieval que esse elemento arquitetônico se transformou na principal forma de educar o leigo nas múltiplas histórias da Bíblia. Geralmente, as janelas, dependendo do tamanho da igreja, viajavam do Gênesis ao Apocalipse, destacando os momentos mais importantes da História da Salvação.
A história da Bíblia representada nessas janelas também estava ligada a uma breve representação da história da Igreja. Os santos eram retratados nos vitrais e funcionavam como uma inspiração diária para as pessoas com dificuldades na travessia cristã. As janelas também eram usadas para ilustrar a iluminação da mente e para mostrar como a graça penetra em nosso mundo.
À medida que a tecnologia foi melhorando ao longo do tempo, os vitrais cresceram cada vez mais e se tornaram extremamente complexos e cheios de simbolismo.
Devido a essa complexidade, eles eram os últimos elementos a ser instalados em uma igreja nova. Passavam-se muitos anos até que a última janela fosse preenchida. Os vitrais também tinham um custo alto de produção. Por isso, os nomes de patrocinadores eram gravados na parte de baixo, como uma estratégia para incentivar as doações.
Enfim, os vitrais são um dos mais belos tesouros das igrejas cristãs e estão aí para inspirar e educar os fiéis em muitas verdades espirituais. Eles continuam sendo parte essencial da arquitetura eclesiástica e seguem sendo utilizados em novas construções em todo o mundo.

Fonte: Aleteia

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