terça-feira, 18 de julho de 2017

Como os padres herdaram o poder de perdoar os pecados?


Uma leitora nos fez uma pergunta muito interessante sobre o sacramento da Confissão:
"Jesus deu aos Apóstolos a autoridade de perdoar os pecados. Essa ordem não seria válida apenas para os Apóstolos? Por que acredita se que ela vale até os nossos dias?"
A resposta está em um fator chamado SUCESSÃO APOSTÓLICA. Nos Atos dos Apóstolos, vemos que, ao se darem conta de que está faltando um Apóstolo (Judas Iscariotes havia se matado), os Apóstolos se reúnem e elegem Matias para o seu lugar. Então, Matias SUCEDE Judas, assumindo o seu lugar e a sua missão.
Os textos dos Padres da Igreja primitiva provam que isso aconteceu não só com o posto de Judas, mas com o posto de todos os Apóstolos: quando um deles falecia, outro era eleito para lhe suceder, ou seja, para ocupar o seu lugar. Esses textos provam, por exemplo, que o bispo de Roma é sucessor de Pedro, o líder de todos os Apóstolos.
Além da evidência bíblica e nos textos da Tradição (saiba aqui o que é a Sagrada Tradição), há também uma questão de lógica. Se Jesus deu aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados em Seu Nome, é porque eles seriam Seus representantes visíveis na Terra, já que Ele subiria para junto do Pai e não seria mais visível. Era preciso deixar ao povo lideranças visíveis da Igreja, agindo com o poder do Deus invisível.
Ora, não faria sentido Jesus oferecer essa graça somente aos homens daquela geração: era preciso que os cristãos de todos os tempos e lugares também pudessem ter acesso a homens com autoridade para perdoar seus pecados - e também ensinar a correta interpretação do Evangelho, e ministrar os demais sacramentos, entre outras coisas.
Fonte: O Catequista

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