segunda-feira, 14 de maio de 2018

Arqueólogos descobrem evidência que pode comprovar a existência histórica do Rei Davi


Um grupo de arqueólogos acredita que a recente descoberta de um grande edifício nas colinas do vale de Hebron, em Israel, indica que o Rei Davi foi uma figura histórica real e que dirigiu um reino judeu.
Até agora, não havia prova arqueológica de que o Rei Davi (que aparece no Antigo Testamento) tivesse existido realmente, já que não havia indícios de prédios públicos relacionados à sua figura.
Porém, um artigo do Haaretz.com informa que os arqueólogos da Universidade Bar-llan afirmam que a estrutura monumental e o assentamento ao redor descobertos perto das colinas de Hebron, nas terras baixas centrais de Israel, representa uma possível prova da existência de edifícios públicos da era de Davi (século X a.C.).
Segundo o Haaretz, o edifício – que os arqueólogos chamaram de “casa do governador” – foi construído para uma longa duração, em estilo da arquitetura monumental:
 “Ele contém alvenaria e foi erguido sobre fundações profundas, usando materiais de construção de qualidade. Um investimento assim na construção seria algo específico de uma sociedade complexa e uma entidade política forte”.
As paredes eram de pedras talhadas com ferramentas que permitiam que elas se encaixassem. As provas de rádio-carbono da cerâmica encontrada nas fundações indicam que a casa foi construída entre os séculos XI e X a.C..
 “Isso é relevante para data em que houve uma evolução da complexidade social e para o debate sobre a historicidade do Reino de Davi e Salomão”, escrevem os arqueólogos Avraham Yair Faust e Sapir  em um artigo publicado no início de 2018 pela revista de arqueologia, Radiocarbon.
As descobertas se devem à ajuda de ratos-toupeira, que cavaram o subsolo, desenterrando vestígios de ocupação humana.
 “Os ratos nos alertaram que havia um pequeno assentamento onde ninguém nunca imaginou”, disse Faust ao Haaretz.
Segundo informa o Haaretz:
“Está claro que a casa do governador, a estrutura monumental no topo da colina, havia sido destruída pelos assírios. Ele [o arqueólogo] diz: eles encontraram pontas de flechas no pátio. Com base no local em que foram achadas essas pontas, os arqueólogos conseguiram deduzir de onde as flechas foram disparadas: mais precisamente, um lugar desprovido das atividades do rato-toupeira”, diz Fausto.
“No entanto, outros arqueólogos pediram cautela antes de afirmar que o local recentemente descoberto foi necessariamente da era de Davi”, afirma Haaretz.
O doutor Ido Koch, da Universidade de Tel Aviv afirma que a “casa do governador” não tem escritos para indicar que foi parte de um reino judeu.
“Nas descobertas do século X, não há nada com [a palavra] ‘Jerusalém’ escrito nelas, e enquanto [não houver] sinais de administração ou escrita no estilo judaico”, disse ele ao Haaretz, “ ligar o assentamento ao reino de Jerusalém seria pura especulação”.
Fonte: Aleteia

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