quinta-feira, 31 de agosto de 2017

2° Encontro de Formação de Liturgia.



PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO E SÃO JOÃO BATISTA DE APODI-RN.
É com grande alegria e amor que a Equipe
Formativa de Liturgia da Nossa Paróquia Convida:
●Todos os Grupos de Cântico,
●Todos os Tocadores,
●Todas as Pastorais que São Escaladas Por Mês para Realizar as Leituras nas Celebrações,
●Todos os Ministros da Eucaristia ,
●Todos os Coroinhas,
●Todos os Salmistas,
●Freiras e Diáconos,
●Leigos Iniciantes a Formação de Liturgia,
●Ministros da Palavra,
●Equipe de Formação de Catequese.
São Todos Convidadas Para Participar do ■ 2° Encontro de Formação de Liturgia da Nossa Paróquia.
O mesmo será realizado no Dia: 01/de Setembro de 2017, a Primeira Sexta-Feira do Mês, as 19hs na Igreja Matriz.

Vem aí, mas uma festa de padroeiro...



Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e São João Batista de Apodi-RN.  Festa de São Francisco 2017 Padroeiro da Praça São Francisco, Sítio São Francisco, Juazeiro da Divisa e Comunidade do Córrego.  Tema:"A alegria do Evangelho para uma Igreja em Saída". De 24 de Setembro a 04 de Outubro de 2017. É a nossa Paróquia em Festa!  Uma Só Igreja em Missão!

CNBB: Coleta Nacional


A CNBB está mobilizando todos os fiéis para a Campanha “Juntos com a CNBB pela Evangelização” cuja coleta nacional será realizada no dia 10 de setembro para levantar recursos para a reforma da sua sede em Brasília/DF.

Mensagem do dia.


Que privilégio é poder ser chamado de filho de Deus !!! Como é maravilhoso pensar que Deus nos coloca em igualdade a Cristo, que é o filho primogênito de Deus. Fomos chamados para ser um só corpo com Cristo Jesus, e no céu seremos todos uma única família, repletos do amor inexplicável de Deus. E além de tudo, somos herdeiros de todas as coisas que Deus criou.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Vem aí mais uma festa de padroeiro de nossa Paroquia...

Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira da Comunidade de Lagoa Rasa Apodi-RN.
Tema:" Com a Mãe Aparecida, assumimos uma igreja em Missão". De 02 a 12 de Outubro de 2017.



O Salmo Responsorial e o Ministério do Salmista



O Salmo Responsorial e o Ministério do Salmista

Salmo Responsorial

Embora o testemunho de Justino, no séc. II, não nos fale ainda de um salmo intercalado entre as leituras, sabemos que é antiquíssima a sua existência, herdada da liturgia judaica. No tempo de Santo Agostinho era um dos elementos preferidos da Liturgia da Palavra: ele mesmo, nas suas homilias, o cita com frequência e, às vezes, oconverte em tema principal das suas palavras. 

Nos séculos posteriores, foi-se dando mais importância à música que ao texto do salmo e foi-se complicando a sua realização, convertendo-se em patrimônio de especialistas, com o canto gregoriano dos «graduais» e «tractos». Na reforma atual, clarificou-se o papel deste salmo no conjunto da celebração da Palavra. Ao princípio, chamou-se «canto interleccional» mas o nome de «salmo responsorial» acabou por ser o preferido, por duas razões: a sua estrutura condiz mais com a do salmo do que a de um cântico, e a forma de o rezar é responsorial, ou seja, enquanto o salmista lhe recita ou entoa as estrofes, a comunidade vai respondendo com o seu estribilho ou antífona. Na liturgia hispânica, chama-se psallendum. 

O OLM, o novo Lecionário, descreve a finalidade e as modalidades de realização deste salmo responsorial (cf. OLM 19, 22 e 56). Trata-se de dar à celebração um acento de serenidade contemplativa: o salmo prolonga poeticamente e ajuda a comunidade a interiorizar a mensagem da primeira leitura bíblica. Por isso, deve ser dito «da maneira mais adequada à meditação da Palavra de Deus» (OLM 22), sobretudo, com o canto, porque este «ajuda muito a entender o sentido espiritual do salmo e favorece a sua meditação» (OLM 21). 

Salmista


O ministério de cantar como salmista é um dos mais importantes que os leigos podem realizar na celebração. Na última reforma, recuperou-se o Salmo Responsorial, depois de, durante séculos, ter sido substituído pelo «gradual» ou pelo «tracto», que requeriam cantores muito especializados e se realizavam sem a participação da comunidade. 

A origem do Salmo Responsorial e do ofício de salmista remonta à sinagoga e às suas celebrações litúrgicas. Nos textos dos Padres do século IV, como Ambrósio, Agostinho ou João Crisóstomo, inteiramo-nos da importância que lhe concediam nas comunidades cristãs de então. 

O ministério do salmista está cheio de técnica musical e de fé. Sabe música e realiza o seu ministério pensando em ajudar a comunidade: «para desempenhar bem a sua função, é necessário que o salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correta e dicção perfeita» (IGMR 102; cf. OLM 56; in EDREL 858). Entoa as estrofes do Salmo para que a comunidade o possa ir meditando serenamente e responder com o refrão ou antífona cantada. 
O papa S. Dâmaso fala do «placidum modulamen» do salmista, uma «modulação plácida» que ajuda a ir aprofundando o sentimento do salmo. 
Mas, ao mesmo tempo, canta a partir de dentro, «escutando», ele próprio, o que disse a leitura e, agora, o Salmo, saboreando a salmodia, alegrando-se, meditando, suplicando, aclamando ou pedindo perdão, segundo o salmo que está a cantar para si e para os outros. 
Realiza o seu ministério, a partir do ambão, porque o Salmo é também Palavra de Deus. E, em princípio, seja feito por um ministro distinto do que proclamou a primeira leitura.

Missa semanal na Capela de Frei Galvão.

Santa Missa Celebrada nesta Terça-Feira (29) de Agosto na Cepela de Frei Galvão, na comunidade do Bairro Lagoa Seca. Solenidade do Martírio do Nosso Padroeiro São João Batista!

terça-feira, 29 de agosto de 2017

III Trimestral de Pastoral lança suplemento com projetos sociais da Diocese de Mossoró






A Diocese realizou, no final de semana, a sua III Trimestral sobre Caridade com a participação do Bispo Diocesano Dom Mariano Manzana, clero, agentes de pastorais e coordenadores e movimentos. Na programação, os participantes contaram com uma palestra sobre a Reforma da Previdência, ministrada pelo técnico de Seguro do INSS e  diretor do SINDPREVS RN, Lênin Tierra. Durante o evento foi lançado o suplemento “A Luz da Solidariedade”, que traz um pouco do que está sendo feito pela caridade, solidariedade e fraternidade na Diocese de Mossoró. Muitos foram surpreendidos com a quantidade de ações e projetos que são feitos nos bastidores da Diocese no que se refere à ação social da Igreja. Durante a Trimestral foram formados dez grupos para ler  “A Luz da Solidariedade” e a partir daí suscitar novos projetos sociais para serem executados pelas paróquias. A ideia é que todas as pastorais se integrem aos projetos sociais para que mais pessoas possam receber a ação que pode transformar tanto o ambiente quanto a vida espiritual dos beneficiados como também fortalecer o dízimo na dimensão social, que deve suprir as necessidades dos irmãos mais necessitados da comunidade atendidos pelas pastorais sociais. As nossas pastorais sociais cuidam da promoção do ser humano e neste seu trabalho de misericórdia e compaixão resgatam a dignidade dos irmãos assistidos.
Ao final da Trimestral, Dom Mariano Manzana apresentou a chapa para nova diretoria da Cáritas Diocesana, que foi aprovada por unanimidade pela assembleia no Centro de Treinamento:

Presidente - Bispo Dom Mariano Manzana
Vice-presidente - Pe. Flávio Augusto

Conselheiros:
Claudia Maria das Dores Almeida ( Projeto Reviver)
Enia Maria de Medeiros Morais (Projeto Esperança)
João Pergentino da Silva ( Projeto Casa Papa Francisco)
Irmã Liselotte Elfriede Maria Scherzinger ( Irmã Ellen- Projeto Lar da Criança Pobre)
Padre Heriberto Carneiro dos Santos

Diretoria Executiva
Diretora – Maria Gorete Soares Coelho Alves
Vice-diretora – Maria Vilanei Pereira Morais
Secretária – Maria Augusta de Macêdo
Tesouraria – Maria Linhares de Losse Almeida


Conselho Fiscal

Conselheiros Fiscais Efetivos: Lígia Maria Bandeira Guerra
                                                           Maria Marilza de Freitas Praxedes 
                                                            Padre Possídio Lopes de Santos Neto

Conselheiros Fiscais Suplentes: Izaura Estevão Machado de Lima  
                                                     Lúcia Maria da Silva

                                                     Sebastiana Delfina de Góis Oliveira    

Fonte: Diocese de Santa Luzia

A segurança do Papa e os recentes atentados terroristas na Europa.


Na sequência da mais recente onda de violência na Europa, o Vaticano diz não estar tomando medidas extras de segurança, em parte porque a salvaguarda já era “muito forte”.
Normalmente os papas sentem um grau maior de calmaria com respeito à própria segurança do que outras figuras públicas, pois, do ponto de vista deles, os pontífices contam com a rede se segurança máxima que se pode ter.
A essa altura, um ataque com facas na Finlândia ocorrido sexta-feira deixou dois mortos. A polícia diz que passou a considerar o ato como terrorista e informou que prendeu um marroquino de 18 anos e outros cinco. Este incidente levou ao recrudescimento das medidas de segurança nos aeroportos e estações de metrô, além de uma maior presença policial em locais onde as pessoas se reúnem.
A Cidade do Vaticano, evidentemente, é também um alvo europeu, sendo um lugar onde muitas pessoas se reúnem. Na verdade, é provavelmente milagre que algo semelhantemente horrível não tenha ocorrido aí ainda. Afinal, para um jihadista esta cidade-Estado é o alvo perfeito: um símbolo imponente do cristianismo e da civilização ocidental, além de ser o lar do líder cristão mais conhecido do planeta.
Na sexta-feira, conversei com a porta-voz do Vaticano, Paloma García Ovejero, que me disse que o Vaticano não está tomando nenhuma precaução extra em se tratando de segurança à luz dos eventos recentes, em parte porque “não temos nenhum indício” de uma ameaça em específico.
“Não adotamos medidas extras de segurança, pois aqui o nível de vigilância já era muito forte”, disse García Ovejero. “A Basílica de São Pedro está sempre protegida, e a Via della Conciliazione [avenida que leva até a praça] permanece fechada para o tráfico”.
“Ou seja, estamos com o mesmo nível de alerta”, completou ela.
Então, resta saber se as ansiedades com a questão da segurança influirão em alguma atividade pública do papa, seja em Roma, seja quando ele pegar a estrada. (A sua próxima viagem está marcada para o começo de setembro, quando visitará a Colômbia.)
Na falta de indícios diretos de uma ameaça específica, a minha aposta é que o Papa Francisco não irá diminuir a sua exposição pública, e o mesmo eu diria quanto aos dois papas anteriores que cobri, Bento XVI e João Paulo II.
Em geral, os papas contam com uma preocupação com a questão da segurança muito menor em comparação com os outros líderes mundiais. Se olharmos o aparato de segurança em torno de um presidente americano ou do presidente da Rússia, as comparações com um papa sequer fazem sentido.
As equipes que trabalham para o papa são de alto nível, porém enfrentam limites no número de membros e no que podem fazer para manter o religioso longe de qualquer perigo.
Lembro certa vez de estar em uma viagem com João Paulo II na Grécia. Ele presidia uma missa em uma pequena avenida. Durante a procissão do ofertório, um homem não autorizado se juntou à fila e começou a se aproximar do papa. Ele estava talvez a meio passo do altar, a poucos metros de João Paulo, quando um segurança percebeu e o retirou.
As manchetes nos jornais do dia seguinte diziam: “Homem é atacado enquanto corria em direção ao papa!” Posso lhe garantir que ele “não corria”, pois usava muletas.
No final da missa, anunciou-se que o indivíduo era um sem-teto e estava doente, e que só queria dar a João Paulo uma amostra de seu trabalho. Por fim, foi trazido de volta, recebeu um abraço papal e posou para fotos. No entanto, é óbvio que essa história poderia ter acabado diferente.
Por que os papas se permitem correr perigos como este?
Além do aspecto pastoral de querer estar o mais próximo possível das pessoas, há uma outra dimensão que nem sempre entra nos cálculos para avaliar os níveis de segurança e que é, sem dúvida, real: os papas realmente acreditam que, no fim, o destino deles está nas mãos de um poder muito maior.
Eu não estava em Roma quando tentaram assassinar João Paulo, em 13-05-1981. Na verdade, eu cursava o ensino médio quando o fato ocorreu. No entanto, passei muito tempo ao longo dos anos conversando com quem estava lá, incluídos alguns dos assessores mais próximos do papa, os quais deixaram claro que João Paulo acreditava, com firmeza, que a Virgem Maria estendeu as mãos para ele naquele dia – era, lembremos, Dia de Nossa Senhora de Fátima – e o salvou.
Temos de concordar: João Paulo II era bem mais místico do que Bento XVI ou Francisco, mas todos estão convencidos de que o destino deles a Deus pertence.
Isso não quer dizer, é claro, que os papas são imprudentes ou que recusam medidas de segurança básicas. Mesmo o espontâneo Papa Francisco tornou-se um pouco mais disciplinado, geralmente permitindo que sua equipe de segurança faça barreiras à sua frente enquanto caminha entre as multidões.
Quando esteve na República Centro-Africana, Francisco quis parar próximo a uma igreja em que, diziam, cristãos haviam sido mortos recentemente. No entanto, ele acabou desistindo da ideia quando o núncio apostólico no país lhe explicou que era “perigoso demais”.
Da mesma forma, quando Francisco esteve nas Filipinas, um momento marcante aconteceu numa visita à ilha de Tacloban, local que tinha sido devastado por fortes tempestades. Mesmo assim, Francisco concordou em encurtar a sua programação quando os pilotos disseram que que uma tempestade tropical que se aproximava deixaria inseguro o seu retorno para casa.
Portanto, embora os papas não contem somente com a sorte – especialmente porque, onde quer que vão, a segurança de outras pessoas está em jogo também –, eles muitas vezes sentem uma calmaria maior quanto à própria segurança pessoal do que outras figuras públicas.
Novamente, temos de concordar: do ponto de vista deles, os papas contam com a rede de segurança máxima.
A reportagem é de John L. Allen Jr.- Crux
Fonte: Blog do Carmadélio

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Pastoral do Dízimo celebra 25 anos na Diocese de Mossoró


O dízimo se traduz na gratidão a Deus por seus inúmeros favores. Compreende, na prática, três dimensões: religiosa, social e missionária.
O objetivo de todos os paroquianos, quanto ao Dízimo, é poder tornar realidade essas dimensões em eficácia pastoral, espiritual e solidária. Para celebrar os 25 anos de fundação da Pastoral do Dízimo, a Diocese convida todos os coordenadores e agentes do dízimo a vivenciarem, de 03 a 10, a Semana do Dízimo em suas paróquias. Segundo o Coordenador  Diocesano da Pastoral do Dízimo, Padre Raimundo Felipe, será realizado também um "Encontrão do Dízimo", nos dias 02 e 03, no Colégio das Irmãs, em Mossoró- RN. Veja a programação:


Sábado- 02/09

13h30- Acolhida dos participantes
14h- Animação
14h30- Ofício da Tarde
15h- Exposição do tema
17h- Encerramento do primeiro dia

Domingo-03/09

9h- Santa Missa presidida pelo Bispo Diocesano Dom Mariano Manzana na Catedral de Santa Luzia e abertura da Semana do Dízimo nas paróquias.
9h20- será servido um lanche
10h- Retomada do estudo
12h20- encerramento com um almoço

Fonte:  Diocese de Santa Luzia

Aos, Catequistas!!




Nesse mês em que a Igreja celebra as vocações, queremos expressar nosso carinho  e agradecer pelo seu sim com as palavras de São João Paulo II na sua Exortação Apostólica Catechesi Tradendae ”Desejo agradecer-vos em nome de toda a Igreja, também a vós, catequistas, paroquiais, leigos, homens e mulheres em maior números ainda, a vós todos que pelo mundo inteiro vos dedicastes a educação religiosa de numerosas gerações. A vossa atividade muitas vezes humilde e escondida, mas realizada com zelo inflamado e generoso, é uma forma eminente de apostolado leigo, particularmente importante naquelas partes onde, por diversas razões as crianças e os jovens não recebem no lar uma formação religiosa conveniente” (CT, 66).
A Coordenação Diocesana de Catequese, junto à comissão e coordenações paroquiais, promove, hoje, dia 27, Dia do Catequista, merecidas homenagens aos seus catequistas. Na oportunidade, será entregue uma agenda a cada um. Deus abençoe todos! 

Miraci Martins /Marcos Aurélio
Coordenação Diocesana de Catequese

Fonte: Diocese de Santa Luzia

   

Reflexão para o XXI Domingo do Tempo Comum – Mateus 16,13-20 (Ano A)


Neste vigésimo primeiro domingo do tempo comum, a liturgia nos oferece Mateus 16,13-20 para o Evangelho, texto que contém a famosa confissão de fé de Pedro na região de Cesaréia de Filipe. Esse mesmo texto já fora usado há quase dois meses atrás, por ocasião da solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo. Se trata de um relato comum aos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mt 16,13-19; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21), embora a versão mateana apresente certos elementos próprios, o que lhe rendeu uma supervalorização na reflexão teológica ao longo dos séculos, sobretudo, no cristianismo católico.

Antes de entrarmos na reflexão do texto em si, é necessário fazer algumas considerações a respeito do contexto do relato no conjunto do Evangelho. É importante que esse trecho abre uma série de acontecimentos importantes da vida de Jesus e dos seus seguidores, como a transfiguração (cf. 17,1-7) e os dois primeiros anúncios da paixão (cf. 16,21-23; 17,22). Na verdade, podemos dizer que tais acontecimentos são consequência do episódio narrado no Evangelho de hoje, pois tanto a transfiguração quanto os anúncios da paixão são tentativas de Jesus revelar a sua verdadeira identidade, tendo em vista que os discípulos ainda não tinham tanta clareza.

Recordamos o que sucede o nosso texto no conjunto do Evangelho, mas também não podemos deixar de recordar o que o antecede: uma controvérsia com os fariseus, os quais pediam sinais a Jesus (cf. 16,1-4), e uma séria advertência aos discípulos para não se deixarem contaminar pelo“fermento dos fariseus e saduceus” (cf. 16,5-12). Esse fermento era a mentalidade equivocada sobre Deus e o futuro messias e, principalmente, a hipocrisia em que viviam.

Mateus recorda tudo isso porque, certamente, a sua comunidade passava por uma crise de identidade: por falta de clareza da identidade de Jesus e falta de experiência autêntica com o Crucificado-Ressuscitado, o “fermento dos fariseus”, quer dizer a influência da sinagoga, estava atrapalhando a vivência das bem-aventuranças, e impedindo a realização do Reino dos céus naquela comunidade. É claro que esse cuidado continua válido ainda para os dias atuais, uma vez que são cada mais perigosos os fermentos farisaicos de hoje: retorno ao ritualismo, indiferença às necessidades do próximo, fundamentalismo, espiritualismos vazios e tantos outros. Isso se dá por falta de clareza da identidade de Jesus e carência de experiência verdadeira com Ele.

Agora podemos, portanto, direcionar nosso olhar para o texto que liturgia nos oferece: “Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: ‘Quem dizem os homens ser o Filho do homem?’” (v. 13). O texto começa com um indicativo geográfico de grande importância: Cesaréia de Filipe, cidade que estava localizada no extremo norte de Israel, portanto, muito longe de Jerusalém. Como o próprio nome indica, era um centro do poder imperial e, portanto, lugar de culto ao imperador romano. Certamente o evangelista e sua comunidade tinham um propósito muito claro ao narrar esse episódio e recordar a sua localização.

Longe de Jerusalém, os discípulos estariam isentos de qualquer influência da tradição religiosa judaica, ou seja, livres do fermento dos fariseus e, portanto, aptos a confessarem e professarem livremente a fé em Jesus, fora dos esquemas tradicionais da religião. Ao mesmo tempo, estando em uma região de culto ao imperador, a confissão da fé em Jesus seria um sinal de convicção e adesão ao projeto do Reino dos céus e uma demonstração da coragem que deve marcar a vida da comunidade cristã, chamada a testemunhar a Boa Nova e continuar a obra de Jesus, mesmo em meio às hostilidades impostas pelo poder imperial.

Podemos dizer que professar a fé em Jesus é distanciar-se dos esquemas religiosos do judaísmo e, ao mesmo tempo, desafiar qualquer sistema que não coloque a vida e o bem do ser humano em primeiro lugar, como o império romano. Em outras palavras, é optar por uma sociedade alternativa, como é o Reino de Deus. E, para que a confissão de fé seja autêntica é necessário ter clareza da identidade daquele em quem se crê, Jesus. Ora, Jesus estava prestes a iniciar sua viagem definitiva para Jerusalém, onde sofreria a paixão e morte, isso exigiria cada vez mais clareza de si na mentalidade dos discípulos.

A pergunta de Jesus sobre o que dizem a respeito de si, ou seja, do Filho do Homem, não é demonstração de preocupação com sua imagem pessoal, mas com a eficácia do anúncio da comunidade. Até então, Jesus já tinha realizado muitos sinais entre o povo e ensinado bastante, mas pouca gente o conhecia verdadeiramente. Muitos o seguiam pela novidade que Ele trazia, uns pelo seu jeito diferente de acolher os mais necessitados e excluídos, outros para aproveitarem-se dos sinais que Ele realizava. Ele percebia isso, por isso fez essa pergunta: “Que dizem os homens ser o Filho do Homem?”(v. 13b).

A resposta dos discípulos à pergunta de Jesus revela a falta de clareza que se tinha a respeito da sua identidade e, ao mesmo tempo, a boa reputação da qual Jesus já gozava entre o povo, certamente o povo simples, com quem Ele interagia e por quem mais lutava. Eis a resposta: “alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias, outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas” (v. 14). Sem dúvidas, Jesus estava bem-conceituado pelo povo, pois era reconhecido como um grande profeta. De fato, os personagens citados foram grandes profetas, homens que acenderam a esperança de libertação, anunciando, denunciando e testemunhando. Mas Jesus é muito mais. Embora continuem sempre atuais, os profetas de Israel são personagens do passado. A comunidade cristã não pode ver Jesus como um personagem do passado que deixou um grande legado a ser lembrado. Isso impede a comunidade de fazer sua experiência com o Ressuscitado, presente e atuante na história. Foi esse risco que Mateus quis combater ao recordar esse episódio da vida de Jesus.

A pergunta sobre o que as outras pessoas diziam a seu respeito foi apenas um pretexto. Na verdade, Jesus queria saber mesmo era o que seus discípulos pensavam de si. Por isso, lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (v. 15), uma vez que longe do “fermento dos fariseus”, os discípulos poderiam dar uma resposta sincera, isenta e livre. O texto afirma que “Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (v. 16). Não resta dúvida que também os demais discípulos, componentes do grupo dos doze, também responderam. O evangelista enfatiza a resposta de Pedro por ser uma síntese do pensamento dos doze. Essa é a resposta do grupo e, portanto, da comunidade.

A resposta é complexa e profunda: Jesus é Messias e Filho do Deus vivo. É muito significativo que Ele seja reconhecido e acolhido como o Messias esperado, ou seja, o Cristo, o enviado de Deus para libertar o seu povo e a humanidade inteira. Como circulavam muitas imagens de messias entre o povo, principalmente a de um messias guerreiro e glorioso, o segundo elemento da resposta de Pedro é de extrema profundidade e importância: o Filho do Deus vivo (em grego o` ui`o.j tou/ qeou/ tou/ zw/ntoj – hó hiós tú Theú tú zontos). Além de definir a qualidade e especificidade do messianismo de Jesus, essa expressão serve também para denunciar a falsidade do culto ao imperador romano, o qual exigia ser reverenciado como filho de uma divindade.

Com a resposta de Pedro, a comunidade cristã é chamada a proclamar que Jesus é, de fato, o Cristo (termo mais fiel ao texto grego que Messias), é o Filho do Deus vivo, ou seja, seu Deus é o Deus da vida, enquanto os deuses pagãos cultuados no império romano e até mesmo o Deus oferecido pelo templo de Jerusalém eram privados de vida e agentes de morte, sobretudo para o povo simples e excluído. A convicção de que Jesus é o Filho do Deus vivo compromete a comunidade a denunciar e desafiar todos os sistemas, religiosos e políticos, que não favoreçam a promoção da liberdade e da vida plena e abundante para todos.

Jesus se alegra com a resposta de Pedro e o proclama bem-aventurado:“Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (v. 17).  Não se trata de um elogio por um mérito particular de Pedro, até porque o conhecimento não é dele, mas do Pai que lhe revelou. O que Jesus faz é uma constatação: as coisas parecem começar a funcionar na comunidade, pois a voz do Pai está sendo ouvida; como o Pai só revela seus desígnios aos pequeninos (cf. 10,21), e Pedro está falando a partir do que o Pai lhe sugere, ele está demonstrando adesão plena ao projeto do Reino! O Reino de Deus ou dos céus, como Mateus prefere, é um projeto alternativo de mundo que só tem espaço para quem aceita a condição de pertencer ao mundo dos pequeninos. Parece que os discípulos começam, realmente, a pôr os pés no chão!

Na continuidade, Jesus declara: “Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (v. 18a). com essa afirmação, Jesus está declarando que Pedro está apto a participar da construção da sua comunidade, por estar aberto às intuições do Pai. Ao contrário da antiga religião judaica que precisava de um templo de pedras, a comunidade cristã é uma construção sim, mas pela sua coesão e unidade, por isso, na sua construção são necessárias pedras vivas. Pedro é uma destas pedras escolhidas por Jesus. A pedra fundamental da construção é a fé da comunidade. A força, o equilíbrio e a perseverança da comunidade dependem da solidez da sua fé. Por isso, é necessário que essa fé seja forte como uma rocha, comparável a fé que Pedro tinha acabado de professar.

Não podemos esquecer que muitas controvérsias já foram geradas a partir desse versículo. Por isso, é importante perceber e esclarecer que Mateus usa duas palavras gregas muito parecidas, mas diferentes, para designar Pedro e pedra: Pe,troj – Petros e pe,tra| petra. Embora muito próximas, é possível distingui-las: Petros, transformado no nome próprio Pedro, designa pedra, pedregulho ou tijolo, uma pedra pequena e removível usada em construções;petra designa a superfície rochosa, base ideal para os fundamentos de uma construção sólida. Enquanto apóstolo e membro da comunidade, Pedro, juntamente com os demais, é apenas um elemento da ampla edificação proposta por Jesus, e não o fundamento dessa. A rocha ou superfície rochosa é a fé sólida e convicta em Jesus, professada por Pedro em nome de todo o grupo. São estas as bases necessárias para a edificação da Igreja enquanto comunidade do Reino. Vale lembrar que essa é a primeira ocorrência da palavra Igreja no Evangelho (em grego evkklhsi,a – eclesía), cujo significado é assembleia convocada.

Ao contrário do templo de Jerusalém e dos templos pagãos que haviam na região de Cesaréia de Filipe, construídos com pedras concretas e visíveis e, portanto, passíveis de destruição, a comunidade cristã não correrá esse risco se for edificada conforme Jesus pensou, ou seja, tendo a fé por fundamento. Por isso, Ele declara: “e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (v. 18b). Aqui Ele se refere às hostilidades que a comunidade irá enfrentar em seu longo percurso até a realização plena do Reino aqui na terra. São as forças de morte manifestadas nos diversos sistemas de dominação, tanto políticos quanto religiosos. A comunidade precisa de uma fé muito consistente para resistir a tudo isso.

No penúltimo versículo temos mais uma declaração significativa de Jesus a Pedro e à comunidade dos discípulos: “Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será desligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (v. 19). Não se trata de uma delegação de superpoderes à Igreja como muitos propagam. Mais que conferindo poderes, Jesus está responsabilizando a comunidade para fazer o Reino dos céus acontecer já aqui na terra. A comunidade recebe “as chaves do Reino dos céus” porque é nela que se faz a experiência da fé e da comunhão profunda com Deus através da prática das bem-aventuranças (cf. 5,1-12), e é isso que torna alguém apto para entrar Reino dos céus. Qualquer um que professa convictamente a fé em Jesus e vive seu programa de vida expresso nas bem-aventuranças tem a chave de acesso ao Reino. “Ligar e desligar” é, portanto, responsabilidade e não poder: se a comunidade cristã viver profundamente o que Jesus ensinou, não haverá diferença entre o céu e a terra!

Infelizmente, ao longo história, muitos abusos já foram praticados devido as más interpretações aplicadas a esse texto. Jesus não instituiu nenhum poder monárquico. Com essas imagens tão fortes (chaves – ligar – desligar) Jesus convida a sua Igreja, comunidade do Reino, a viver sempre em perfeita sintonia com Ele mesmo e com o Pai, de modo que, aquilo que a comunidade experimentar será referendado pelos céus! Ele dá as chaves para a sua comunidade abrir para todos o Reino que os escribas e fariseus tinham trancado (cf. 23,13), devido a hipocrisia em que viviam.

O último versículo apresenta uma proibição de Jesus aos discípulos: “Jesus, então, ordenou aos discípulos que eles não dissessem a ninguém que Ele era o Messias” (v. 20). A princípio, parece uma contradição, uma vez que a comunidade tem a missão de anunciar Jesus e sua boa nova. Ora, Jesus conhecia muito bem os seus discípulos e suas fragilidades. Essa confissão de Pedro já foi um grande passo, mas sabia ainda continuavam vulneráveis e aquela fé não se manteria tão sólida com o passar do tempo, como o próprio Evangelho vai mostrar na sua sequência. Espalhar que Jesus era o Messias seria muito arriscado para a continuidade do seu projeto, pois a ideia de Messias que circulava na época era completamente diferente do tipo de messianismo que estava revelando. Certamente, muitos mal entendidos surgiriam.

Essa ordem para que os discípulos não contassem a ninguém que Ele era o Messias reforça na comunidade a necessidade que cada um tem de fazer uma experiência autêntica com Ele, seguindo cada passo da sua vida para, de fato, perceber a especificidade do seu messianismo e da sua vida: servir e amar, até dar a própria vida.

Pe. Francisco Cornelio F. Rodrigues

Comemoração dia do catequista.

Nossa Paróquia realizou um dia de espiritualidade para os nossos catequistas, com missa, reflexão, passeio, e visita a Paróquia de Portalegre -RN.








sábado, 26 de agosto de 2017

1° Encontro de Liturgia da Paróquia

1° Encontro de Liturgia da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e São João Batista de Apodi-RN. O encontro foi administrado pelos coordenadores Responsáveis da Liturgia da Paróquia: Juliano Holanda e Raquel Gama, com o tema: "Como Celebrar Bem o Ofício Divino Das Comunidades". Estiveram presentes vários representantes das Comunidade da Nossa Paróquia, Seminarista, Freiras, com a presença de 51 Leigos.