sexta-feira, 29 de junho de 2018

Por que a Igreja celebra São Pedro e São Paulo no mesmo dia?


7 fatos que vão te ajudar a entender isso

No dia 29 de junho, a Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo. Entretanto há algumas dúvidas sobre as razões da festa de ambos os apóstolos ser celebrada no mesmo dia.
Abaixo, apresentamos 7 fatos que vão te ajudar a entender isso?
1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram São Pedro e São Paulo eram “um só”
Em um sermão do ano 395, o Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo, “na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.
2. Ambos foram martirizados em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano da Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na Basílica de São Paulo Extramuros.
3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia da Solenidade de São Pedro e São Paulo em 2012, o Papa Bento XVI assegurou que “a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, os irmãos a quem se atribui a fundação de Roma”.
4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o Santo Padre chamou esses dois apóstolos de padroeiros principais da Igreja de Roma. “Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”, detalhou Bento XVI.
5. São a versão contrária de Caim e Abel
O Santo Padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de serem humanamente bastante diferentes, e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de serem irmãos, tornando possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, relatou o Santo Padre Bento XVI.
6. Porque Pedro é a “rocha”
São Pedro foi escolhido por Cristo, que disse? “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Ele, humildemente, aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas.
Os Atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da Ressurreição e Ascenção de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
7. São Paulo também é coluna do edifício espiritual da Igreja
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
“A iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: ‘Combati o bom combate’ (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja”, expressou Bento XVI em sua homilia.
(Via ACI Digital)

Missa na Colônia de Pescadores

Hoje as 6:00 hs  foi celebrada uma missa  na colônia dos pescadores de Apodi em virtude da abertura da semana dos pescadores.




segunda-feira, 25 de junho de 2018

Qual o valor de rezar o terço, já que é uma oração tão repetitiva?



Será que uma pessoa apaixonada se cansa de dizer "eu te amo"?

O terço é uma oração repetitiva?
Certamente. Mas, o que no mundo que não se repete? Os astros percorrem sempre a mesma órbita. A terra gira sempre em torno do mesmo eixo. Os dias e as noites se sucedem sempre da mesma forma. As estações, os anos, os meses, os dias… obedecem sempre ao mesmo ciclo. As aves cantam sempre o mesmo canto. As árvores produzem sempre as mesmas flores e os mesmos frutos. Os animais e os seres humanos se multiplicam sempre da mesma forma.
O coração bate no peito sempre do mesmo jeito. O sangue percorre sempre as mesmas veias… E quando queremos bem a alguém, nunca nos cansamos de dizer sempre a mesma palavra: eu te amo! Os anjos e os santos no paraíso cantam pela eternidade afora: Aleluia! Aleluia! Santo, santo, santo!…
Se assim é, por que, em nossa oração, não deveríamos ouvir sempre a mesma Palavra de Deus, renovar sempre o mesmo Sacrifício e a mesma Ceia, repetir sempre o mesmo gesto de amor, balbuciar sempre a mesma invocação? Foi Deus quem nos fez assim, foi Jesus quem mandou que fosse assim, por que admirar-se de que sejamos assim?
Tudo depende da qualidade do amor que nós colocamos naquilo que, ao longo da vida, podemos e devemos repetir milhares de vezes. O amor nunca se cansa, como o olho não se cansa de ver, o ouvido não se cansa de ouvir, o paladar não se cansa de saborear… Pelo contrário, na vida humana, a sucessão dos mesmos atos leva à aprendizagem, ao aprofundamento, à concentração.
O Terço de Nossa Senhora é a expressão concreta dessa realidade. Enquanto com a boca repetimos o Pai Nosso e a Ave Maria, a mente percorre, com Jesus, os mistérios de sua vida, paixão, morte, ressurreição e glorificação; e com Maria, os acontecimentos dos quais Ela participou, unida a seu Filho e à sua Igreja.
Tudo adquire seu sentido na medida em que procuramos concentrar a atenção em Jesus, aprofundar o sentido de sua vida, manifestar o nosso amor a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e a Nossa Senhora.
Esta forma de fazer oração é tão antiga quanto a humanidade. Ela existe em todas as religiões, em todos os cultos, porque corresponde ao nosso modo humano de relacionamento com os outros e com Deus. No cristianismo, o costume de repetir a mesma invocação data desde os seus inícios.
O próprio Jesus nos ensinou a insistir em nossa oração até sermos atendidos. O Evangelho nos refere diversas palavras de Jesus, episódios em sua vida e parábolas que incutem essa maneira de fazer oração. Com o tempo, surgiram meios concretos de organizar esse tipo de oração, como são hoje os nossos terços e rosários feitos de todo tipo de material.
Quando Jesus nos adverte que não devemos repetir nossa oração como fazem os pagãos, Ele não condena a repetição da oração – da qual Ele nos deixou exemplos e mandamentos – mas condena o modo de fazer próprio dos pagãos, ou seja, a repetição pela repetição, sem o conteúdo do amor do coração, a repetição mágica, as palavras estéreis que não atingem o coração do verdadeiro Deus.
Que durante a recitação do Terço aconteçam distrações, é normal. Isso ocorre em qualquer oração, não somente no Terço: faz parte da nossa fraqueza. Deus não repara nisso, desde que não haja má vontade; Ele sabe de que somos feitos…
Pois bem, reze o Terço; podendo, reze o Rosário inteiro. Ponha nele todo o seu amor a Jesus e Maria, procure concentrar-se na meditação dos mistérios da nossa Salvação. É este um caminho de santificação recomendado pela Igreja, em particular pelos Papas e pelos santos.
Em 16 de outubro de 2002, o Beato João Paulo II dirigiu a toda a Igreja uma carta recomendado a oração do Terço ou do Rosário. A carta começa assim:
“O Rosário da Virgem Maria… na sua simplicidade e profundidade, permanece… uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade… Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o fiel alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor.”
Não deixe de invocar Maria por meio da oração diária do santo Terço. O Terço é uma espécie de “corrente” que liga a terra com o céu pelas mãos de Maria. Ela mesma, em Lourdes e Fátima, pediu que rezássemos o Terço. Atenda você também ao pedido de nossa santa Mãe!

(via Shalom)

Procissão e Encerramento dos festejos de São João Batista.













sexta-feira, 22 de junho de 2018

Peregrinação de São João Batista pelos bairros na Zona Urbana.










Louve a Deus por ser católico


Confira uma lista incrível de motivos para valorizar sua fé católica

Na barriga da mãe, é consagrado.
Quando nasce, é batizado.
Quando cresce, faz a Primeira Comunhão.
Cresce mais um pouco, é crismado.
Chega a fase adulta, segue a vocação.
Se é família, sacramento do Matrimônio.
Se é sacerdócio, sacramento da Ordem.
Durante toda a vida, o perdão na Confissão.
Quando adoece, Unção dos enfermos.
À beira da morte, recebe o Viático.
Depois de morto, oração junto ao corpo.
Os anos passam e é lembrado nas Missas.
Ser Católico é como diz o salmo 90,1:
“Aquele que habita sob a proteção do Altíssimo e vive à sombra do Onipotente”.
Louvo a Deus todos os dias por ser Católico.
(Pe. Gabriel Vila Verde)

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Oração a São Lucas para quem vai passar por uma cirurgia

O padroeiro dos médicos é conhecido por sua poderosa intercessão

Qualquer procedimento cirúrgico causa pavor, né? Isso porque não sabemos o que vai acontecer ou se a operação será bem sucedida. Aconteça o que acontecer, Deus estará conosco. Nestes momentos de medo e insegurança por causa de um problema de saúde, podemos invocar Jesus através da intercessão de São Lucas, que, segundo a tradição, era médico.
A devoção ao santo é comum entre os profissionais da Medicina e por aqueles que são submetidos a tratamentos e cirurgias.
Aqui está uma oração comum ao santo padroeiro dos cirurgiões, pedindo que os médicos sejam capazes de “curar os males do corpo e do espírito”. Reze por você e por quem estiver precisando!

São Lucas, que foste o mais santo dos médicos,
também foste encorajado pelo Espírito celestial do amor.
Ao detalhar fielmente a humanidade de Jesus, mostraste Sua divindade e Sua genuína compaixão por todos os seres humanos.
Inspira nossos médicos com seu profissionalismo e com a divina compaixão por seus pacientes.
Capacita-os a curar os males do corpo e do espírito, que afligem tantos em nossos dias.
Amém.

Você sabia que a Copa do Mundo foi criada por um católico?

Ele acreditava que o esporte poderia unir o mundo

A Copa do Mundo da FIFA é um dos eventos esportivos internacionais mais esperados e estima-se que dezenas de milhões de telespectadores assistam à edição de 2018. O que poucos sabem é que um católico francês criou este campeonato.
Trata-se de Jules Rimet, nascido em 14 de outubro de 1873 na aldeia francesa de Theuley. Quando era criança, ele foi coroinha na igreja local e, aos dez anos, mudou-se para Paris, pois a sua família estava procurando uma oportunidade de ter uma melhor qualidade de vida em meio à crise econômica.
Segundo informou o ‘Catholic Herald’, em 1891 quando o Papa Leão XIII lançou a sua encíclica “Rerum Novarum”, o jovem Rimet e seus amigos se sentiram questionados pela preocupação do Pontífice ante a miséria na qual viviam as classes trabalhadoras e pela falta de reformas trabalhistas.
Inspirados pelo texto, o rapaz e seus companheiros fundaram uma organização para oferecer assistência social e médica aos mais pobres. Mesmo já tendo se tornado um exitoso advogado, Rimet continuou fazendo obras de caridade.
O jovem francês também adorava os esportes e tinha a firme convicção de que eles uniam as pessoas, independentemente da raça e da classe social. Aos 24 anos, fundou um clube esportivo chamado “Red Star”.
Em 1904, o advogado francês ajudou a fundar a Fédération Internationale de Football Association (Federação Internacional de Futebol ou FIFA). Quis organizar um campeonato internacional, mas o início da Primeira Guerra Mundial atrasou os seus planos.
Rimet participou da frente de batalha durante quatro anos e foi premiado com a Cruz de Guerra, uma condecoração militar francesa concedida aos que se destacaram por seus atos de heroísmo.
Rimet se tornou presidente da FIFA em 1921 e permaneceu durante 33 anos no cargo, o período de mandato mais longo na história da federação. Seus ideais sobre o esporte o motivaram a criar, em 1928, a Copa do Mundo, que foi disputada dois anos depois pela primeira vez no Uruguai. Jules Rimet levou à América do Sul o troféu que recebeu o seu nome até 1970, quando o desenho da taça foi modificado para o que é entregue atualmente.
O advogado católico liderou a FIFA até 1954 e, em 1956, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, por ter fundado a Copa do Mundo.
Rimet faleceu na França em 1956, aos 83 anos.
No livro “Uma História do Futebol em 100 Objetos”, Yves Rimet, seu neto, recordava-o como um “humanista e idealista, que acreditava que o esporte podia unir o mundo. Comparado com as pessoas da sua época, ele percebeu que, para ser realmente democrático e envolver as massas, o esporte internacional deveria ser profissional”.
Em entrevista ao jornal ‘The Independent’ em 2006, Yves afirmou que o seu avô “ficaria decepcionado ao ver que, atualmente, o futebol se converteu em um negócio dominado pelo dinheiro. Essa não era a sua visão”.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

O mistério da casa de Nossa Senhora

Comprovações científicas surpreendentes sobre a transladação da Santa Casa de Nossa Senhora de Nazaré até Loreto

Em Loreto, Itália, se venera a Santa Casa: quer dizer o edifício onde Nossa Senhora nasceu, viveu e recebeu o anjo São Gabriel na Anunciação, momento em que o Sim da Virgem permitiu a Encarnação do Verbo e o início da Redenção do gênero humano.
Em Nazaré, Terra Santa, sob a cúpula da igreja da Anunciação também se venera o local onde aconteceu este sublime mistério.
Gruta da Santa Casa, Nazaré, Palestina, igreja da Anunciação
Como se explica essa aparente duplicidade de endereços?
A contradição, ou superposição de atribuições, encerra maravilhosos fatos religiosos, notadamente a translação da Santa Casa de Nazaré até Loreto por obra dos anjos.
Mas, o que diz a ciência a respeito?
Não é tarefa da ciência declarar se um fato foi miraculoso ou não, se foram os anjos ou não. Mas, analisar a realidade segundo seus métodos, instrumentos e objetivos próprios.
E as ciências trabalhando sobre o mistério da Santa Casa de Nossa Senhora vêm trazendo a lume revelações materiais que explicam o acontecido e reforçam a fé e um modo maravilhoso.
Eis um apanhado de algumas descobertas feitas nas últimas décadas.
O Altar dos Apóstolos na Santa Casa
O arquiteto Nanni Monelli e o Pe. Giuseppe Santarelli, diretor-geral da Congregação da Santa Casa de Loreto, constataram que as pedras que se encontram na Gruta da Anunciação, em Nazaré, Terra Santa, têm a mesma origem da pedra do altar dos Santos Apóstolos que está na Santa Casa de Loreto, na Itália.
O Altar dos Apóstolos é constituído por uma pedra – hoje coberta por uma grade de metal – trabalhada em estilo nabateano, típico da Palestina.
E leva esse nome porque nele os Apóstolos teriam celebrado a Missa quando iam a Nazaré visitar a casa de Nossa Senhora.
Protegido pela grade sob o altar novo: Altar dos Apóstolos
O Prof. Giorgio Nicolini, especialista na matéria, é o autor do livro La veridicità storica della miracolosa Traslazione della Santa Casa di Nazareth a Loreto (“A veracidade da milagrosa trasladação da Santa Casa de Nazaré a Loreto”).
Ele explicou à agência Zenit que “sobre a autenticidade da Santa Casa de Loreto enquanto verdadeira Casa de Nazaré de Maria jamais houve dúvida alguma, a não ser da parte daqueles que não conhecem os estudos científicos a respeito.
“Isso é tão verdadeiro que todos os Sumos Pontífices, durante sete séculos, confirmaram a autenticidade com solenes atas canônicas de aprovação”.
Nicolini acrescentou que este estudo sobre o Altar dos Apóstolos “é importante porque, além de proporcionar uma ulterior prova da autenticidade da Santa Casa de Loreto como a Casa de Maria em Nazaré, proporciona também uma prova ainda mais espetacular da milagrosa trasladação da Santa Casa de Nazaré”.
Percurso do Altar e das paredes de Nazaré até Loreto
Percurso da Santa Casa desde Palestina até Loreto
Percurso da Santa Casa desde Palestina até Loreto
A tradição sempre afirmou que entre 1291 e 1296 três paredes da Santa Casa de Nazaré foram miraculosamente transportadas a “vários lugares” pelo ministério angélico.
Isto está registrado em documentos antigos nos quais se fala da presença desse Altar unido às três paredes.
Por exemplo, em Tersatto, Dalmácia (hoje Trsat, Croácia), onde a Santa Casa esteve entre 10 de maio de 1291 e 10 de dezembro de 1294.
Por isso pode se afirmar que houve um duplo milagre.
Primeiro: o transporte milagroso das três santas paredes na sua integridade;
e, em segundo lugar, junto com elas, mas como um objeto distinto da casa, o Altar dos Apóstolos.
Santa Casa de Loreto
Santa Casa de Loreto
Em seu livro, Nicolini demonstra que do ponto de vista histórico e arqueológico pelo menos cinco translações milagrosas ficaram constatadas de modo indiscutível entre 1291 e 1296.
primeira levou a Santa Casa até Tersatto (Croácia);
segunda até Posatora (província de Ancona, Itália);
terceira até a floresta da senhora Loreta, na planície que está sob a atual cidade de Loreto (cujo nome deriva precisamente do nome dessa senhora);
quarta até a roça de dois irmãos sobre o morro lauretano (conhecido também como Monte Prodo);
e a quinta até uma estrada pública, onde ainda se encontra sob a cúpula da magnífica basílica posteriormente construída em volta.
Todas estas mudanças foram registradas nos diversos lugares por testemunhas oculares contemporâneas.
Maqueta da casa de Nazaré
Maquete da casa de Nazaré
As mudanças foram rigorosamente controladas pelos Bispos diocesanos da época, que emitiram pronunciamentos canônicos sobre a veracidade dos fatos e dos testemunhos.
Para maior confirmação ainda ficam as igrejas construídas nos diversos locais na época das mudanças e consagradas pelos Bispos de Fiume, Ancona, Recanati, Macerata e Nápoles, entre outros.
Nicolini esclareceu que em Loreto se encontram apenas as três paredes que constituíam o quarto de Nossa Senhora, geralmente chamado de Santa Casa, local onde aconteceu a Anunciação.
A quarta parede do quarto é a gruta, a qual pode ser visitada na igreja da Anunciação em Nazaré, Terra Santa. Ali só ficaram a gruta e os alicerces da Casa.
Enquanto em Loreto se venera a Casa desprovida de seus alicerces, em Nazaré ficaram a gruta e os alicerces sem a casa.
Análise de pedras, tijolos e argamassa

Loreto: a Santa Casa. O altar ocupa o lugar da gruta que ficou em Nazaré
Loreto: a Santa Casa. O altar ocupa o lugar da gruta que ficou em Nazaré
Ao mesmo tempo em que a análise química da massa que une as pedras apresenta características típicas da zona de Nazaré, sua homogeneidade exclui qualquer possibilidade de uma hipotética desmontagem e remontagem das pedras.
A massa foi feita com sulfato de cálcio hidratado (gesso) engrossado com pó de carvão de madeira, segundo uma técnica utilizada na Palestina há 2.000 anos, mas jamais empregada na Itália.
Portanto, a Santa Casa chegou a Loreto com as pedras e os tijolos unidos pela mesma massa usada para uni-los há 2.000 anos em Nazaré, assim se encontrando até hoje.
Ensinamento dos Papas sobre a Santa Casa de Loreto
O Bem-aventurado Papa Pio IX escreveu na Carta ApostólicaInter Omnia, de 26 de agosto de 1852:
“Entre todos os Santuários consagrados à Mãe de Deus, a Imaculada Virgem Maria, um se encontra no primeiro lugar e brilha com incomparável fulgor: a venerável e augustíssima Casa de Loreto.
“Consagrada pelos mistérios divinos, ilustrada por inumeráveis milagres, honrada pelo concurso e afluência dos povos, a glória de seu nome atinge toda a Igreja Universal, e constitui muito justamente objeto de culto para todas as nações e para todas as raças humanas.
Beato Pio IX
Beato Pio IX
“Em Loreto venera-se aquela Casa de Nazaré, tão querida ao Coração de Deus, e que, fabricada na Galileia, foi mais tarde separada de suas bases e, pela força divina, trasladada além do mar, primeiro à Dalmácia e logo à Itália”.
E o Santo Pontífice acrescentou: “Exatamente em aquela Casa, a Santíssima Virgem, que por eterna e divina disposição ficou perfeitamente isenta da culpa original, foi concebida, nasceu e cresceu, e o celestial mensageiro A saudou ‘cheia de graça’ e ‘bendita tu és entre todas as mulheres’.
“Exatamente naquela Casa, Nossa Senhora, repleta de Deus e sob a ação fecunda do Espírito Santo, sem perder nada de sua inviolável virgindade, tornou-se a Mãe do Filho Unigênito de Deus”.
Por sua vez, o Sumo Pontífice Leão XIII escreveu no Breve Felix Nazarethana, de 23 de janeiro de 1894:
“Compreendam todos, e em primeiro lugar os italianos, quão especial dom lhes foi concedido por Deus que, com suma providência, subtraiu prodigiosamente a Casa a um poder indigno [N.: refere-se aos muçulmanos] e com um expressivo ato de amor ofereceu-a a eles.
“De fato naquela beatíssima moradia foi sancionado o início da salvação humana, com o grande e prodigioso mistério de Deus se fazendo homem, que reconcilia a humanidade perdida com o Pai eterno e renova todas as coisas”.
E ainda: “Deus quis de tal maneira exaltar o Nome de Maria para tornar realidade neste lugar (Loreto), aquela famosa profecia: ‘Todas as gerações chamar-me-ão bem-aventurada’”.
Numerosos Papas aprovaram ininterruptamente desde o início a veracidade histórica do milagroso traslado da Santa Casa, engajando sua Suprema Autoridade Apostólica: desde Nicolau IV em 1292 até João Paulo II em 2005. S.S. Bento XVI visitou Loreto em 2007.
Entre os primeiros Papas que reconheceram oficialmente o prodígio da translação angélica se destacam Pio II, Paulo II, Sixto IV, Clemente VII, Leão X e Sixto V.

Vídeo: Santa Casa de Loreto: a translação milagrosa e a ciência


Recortes da festa de São João Batista 2018.