Um Papa e um Bispo mártir a caminho dos altares
OPapa Paulo VI e Dom Oscar Romero serão canonizados: o Papa Francisco autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos que reconhecem os milagres atribuídos à intercessão dos hoje beatos.
Futuro São Paulo VI
Giovanni Battista Montini nasceu em Bréscia, na região italiana da Lombardia, e foi ordenado aos 22 anos.
Doutor em filosofia, direito civil e direito canônico, serviu a diplomacia da Santa Sé e a pastoral universitária italiana. A partir de 1937, foi colaborador direto do Papa Pio XII. Durante a II Guerra Mundial, foi encarregado no Vaticano, de ajudar refugiados e judeus perseguidos.
Em 1954 foi nomeado arcebispo de Milão. Criado cardeal pelo Papa João XXIII em 1958, participou nos trabalhos preparatórios do Concílio Vaticano II.
Foi eleito Papa em 21 de junho de 1963. Escreveu sete encíclicas, entre as quais a ‘Humanae vitae’ (1968) e a ‘Populorum progressio’ (1967).
Foi o primeiro Papa a fazer viagens internacionais, tendo visitado a Terra Santa e, entre outros países, Portugal, Filipinas, EUA, Índia, Turquia e Austrália.
Na homilia de beatificação de Paulo VI, em 19 de outubro de 2014, o Papa Francisco disse:
“Enquanto se perfilava uma sociedade secularizada e hostil, ele soube reger com clarividente sabedoria – e às vezes em solidão – o timão da barca de Pedro, sem nunca perder a alegria e a confiança no Senhor. Verdadeiramente, Paulo VI soube «dar a Deus o que é de Deus»”.
Futuro Santo Oscar Romero
O beato Oscar Arnolfo Romero Galdámez, arcebispo de San Salvador e mártir, nasceu em Ciudad Barrios, El Salvador, em 15 de agosto de 1917. Foi assassinado na capital salvadorenha em 24 de março de 1980.
O Papa Francisco enviou uma carta ao arcebispo de San Salvador por ocasião da beatificação de dom Romero em 23 de maio de 2015, recordando:
“Em tempos de convivência difícil, D. Romero soube guiar, defender e proteger o seu rebanho, permanecendo fiel ao Evangelho e em comunhão com a Igreja inteira. O seu ministério distinguiu-se por uma atenção especial aos mais pobres e aos marginalizados. E no momento da sua morte, enquanto celebrava o Santo Sacrifício do amor e da reconciliação, recebeu a graça de se identificar plenamente com Aquele que entregou a vida pelas suas ovelhas. (…) D. Romero convida-nos ao bom senso e à reflexão, ao respeito pela vida e à concórdia. É necessário renunciar à «violência da espada, do ódio», e viver «a violência do amor, que nos deixou Cristo pregado numa cruz, aquela que cada um deve fazer a si mesmo para vencer os próprios egoísmos e a fim de que não haja desigualdades tão cruéis entre nós»”.
Fonte: Aleteia
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