Não foi ele que permitiu a crucificação de Jesus?
Além de Judas, outro responsável pela morte de Jesus foi Pôncio Pilatos. Ele poderia ter libertado o Nosso Senhor e tê-lo protegido das multidões furiosas. Mas não o fez. E ainda declarou: “Sou inocente do sangue deste homem. Isto é lá convosco!” (Mateus 27).
Apesar disso, muitos cristãos veneram Pôncio Pilatos como santo. Inclusive, sua festa acontece no dia 25 de junho. Mas por que isso?
De acordo com a Sociedade de Arqueologia Bíblica, “os primeiros cristãos viam Pilatos de uma maneira muito diferente. Agostinho o saudava como um convertido. Certas igrejas, incluindo as religiões gregas ortodoxas e os coptas, consideravam santos Pilatos e a sua esposa. E quando ele aparece pela primeira vez na arte cristã, em meados do século IV, é justaposto com Abraão, Daniel e outros grandes crentes”.
O antigo historiador Eusébio apoia essa afirmação dizendo que Pilatos se converteu depois de ver as muitas maravilhas que ocorreram após a morte de Jesus, inclusive reportando isso a Tibério:
E quando a maravilhosa ressurreição e ascensão de nosso Salvador foram relatadas no exterior, segundo um antigo costume que prevaleceu entre os governantes das províncias de relatar ao imperador tudo o que acontecia, para que nada pudesse escapar a ele, Pôncio Pilatos informou a Tibério que a ressurreição de nosso Senhor sobre os mortos fora divulgada por toda a Palestina. Ele também explicou outras maravilhas que aprendera sobre Jesus, e como depois de sua morte ele ressuscitou dentre os mortos, ele já fora tido por muitos como Deus.
Houve vários relatos contraditórios ao longo dos séculos, mas, sim, muitas Igrejas orientais (como as igrejas coptas e etíopes) celebram Pôncio Pilatos e sua esposa como santos. Isso pode ser estranho para os leitores ocidentais, mas é um lembrete de que ninguém é excluído da graça de Deus. Nem mesmo Pôncio Pilatos.
Para Deus, tudo é possível.
Fonte: Aleteia
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